Popular Post Finnur 1,366 Popular Post Share Posted December 12, 2020 Olá, pessoal. Tudo bem com vocês? Grand Chase History: Histórias é um novo projeto que busca aumentar o universo de Grand Chase, de modo a tentar preencher lacunas e criar conteúdo exclusivo para vocês. Aqui, nessa área, serão postados capítulos periódicos contando um pouco das histórias e aventura dos nossos personagens, além de ambientar missões e calabouços que podem ou não chegar ao servidor como conteúdo in-game. Como estreia teremos Lapsos, uma série de narrações sobre uma família muito rica e importante para o Reino de Serdin, porém destinada a um futuro imprevisível. Vocês estão preparados para se aventurar em Ernas por outros olhos? Sente-se, pois a história continua... Para baixar e ler o Prólogo do seu computador ou celular, clique sobre o Livro Mágico Para ler uma versão mais simples, clique aqui NOTA: O pdf tem um pequeno problema de resolução onde se encontra embaçado em zoom-in maiores do que 100%. O pdf será atualizado assim que possível. Sem mais delongas, vamos lá: PRÓLOGO O frio estava cada vez mais intenso. Os três guerreiros montaram acampamento sobre o fiorde. O alto paredão situado na região sul da ilha se mostrava soberano e solene. A brisa fria vinda do mar rasgava a pele do rosto enquanto o crepúsculo se engrandecia, pintando o céu com as estrelas mais brilhantes que já se vira. Eram dias difíceis, aqueles. O inverno se aprofundava e as noites se tornavam cada vez mais longas; o sol, tímido, já não os aquecia como antes e os rios não corriam com vigor. Os três foram mandados em expedição a comando do rei. Suas roupas de lã, pele de lobo e couro preto os mantinham aquecidos junto a uma fogueira tênue. Era difícil se movimentar com tantas camadas, mas em circunstâncias como aquelas, se mostravam extremamente necessárias. — Senhor, não temos condições de continuar. A cada passo a montanha parece dar dois. Temo que demoremos oito dias para chegar à caverna, talvez nove dada as situações. Os cavalos estão cansados, não vemos pasto verde há muito tempo — disse o mais novo deles, demonstrando desesperança. — Não podemos! — afirmou o que aparentava ser o mais velho e comandante dentre os homens. — São ordens diretas do rei, não temos o luxo de negá-las. — Senhor, é uma missão impossível. Não sabemos o que estamos procurando. — Você já sabia disso, Sor — afirmou o comandante. — São ordens do rei. Eram experientes em patrulha. O mais velho deles chegara à sua centésima expedição, mas aquela se provava diferente. Um lobo uivava longe. Enfim, adormeceram. Uma menina, muito distante dali, despertou. * * * A caverna era escura e fria. Os três estavam cansados, porém vivos; um dos cavalos não aguentara a jornada e falecera, os outros estavam debilitados, muito fracos. A estrada até a montanha não se mostrou fácil. Perceberam que o sol já não iluminava sua entrada há muito tempo. O lugar fedia a mofo e deterioração, nenhum homem jamais esteve ali. Se perguntaram o porquê do mandato real a um lugar nunca habitado. Estaria o rei delirando? O que aconteceu a ele era lamentável. — Rapazes, nossa expedição não acaba aqui — lembrou o comandante. — Viemos atrás de um segredo, é nosso dever desvendá-lo. — Sor, estamos esgotados, exaustos — disse um dos cavaleiros. — Quanto mais rápidos fizermos isso, mais rápido sairemos desse lugar imundo — disse, carrancudo e com certa arrogância. — Vamos, rápido. Preparem o fogo e peguem o máximo de suprimentos que conseguirem. Os cavalos ficam. Relutantes, mas crentes de sair rápido daquele lugar, não fizeram objeções. Se despediram dos cavalos e seguiram caverna adentro. A escuridão da caverna tomou conta de tudo o que era vivo. As tochas acesas pelo fogo eram suas únicas amigas naquele lugar inóspito. — Não temos outro caminho a não ser descer e descer? — resmungaram. E desceram. A respiração na caverna estava difícil, o ar ficava mais frio e mais seco a cada passo. De suas bocas saíam baforadas de vapor a cada suspiro. — Sor, o que estamos procurando? — perguntou um dos mais preocupados. — Não há nada aqui. Não há vida, não há luz. Ninguém sobreviveria num ambiente como esse — constatou. — Meu rapaz... — mas não terminou, seus lábios se cerraram antes que conseguisse pensar na próxima palavra a dizer. O chão da caverna se partiu e os três guerreiros caíram. Estavam em uma nova ala da caverna, muito diferente do que já estiveram. As paredes reluziam, não era possível distinguir o que era chão ou teto. O clarão era ofuscante, as tochas eram pequenos pontos de luz naquela imensidão sublime. Ficaram por muito tempo com os olhos fechados, afinal, estavam acostumados à escuridão da caverna. — O que é isso? Como voltaremos agora? — perguntou um dos homens com o rosto assustado. — Vamos encontrar um jeito, rapazes. Continuem, não paremos agora — disse o comandante. — Sor, olhe ali à frente — disse o outro, apontando para um dos cantos da caverna. — Não pode ser — disse, assombrado. — Rapazes, saquem suas espadas. Estejam prontos para uma batalha. Um pouco mais abaixo, seguindo o caminho íngreme, subiam criaturas do tamanho de carros de carga. Seus corpos eram brilhantes. Refletiam as paredes ou as paredes que refletiam seus corpos? Pareciam feitos do mesmo material, os guerreiros não conseguiram responder. Seus olhos do azul mais brilhante queimavam à vista. Suas patas batiam e ecoavam nas paredes, a vibração estremecia o chão. Continham asas pequenas e azuis. Os guerreiros tentaram correr, mas não conseguiram. Esperaram, então, as criaturas chegarem a eles. E chegaram. A cada brandir das espadas, um som agudo soava e ensurdecia seus ouvidos. Do que eram feitos? As espadas não tinham efeito em seus corpos. Resistiram o máximo que puderam, as criaturas pareciam invencíveis. Eles não estavam preparados para um combate. O comandante, encontrou sua força e brandiu. — Por Theord! — e atacou. Sua investida, porém, não foi efetiva. A espada, ao tocar a couraça da criatura, se estraçalhou e caiu como agulhas no chão. Os dentes do monstro penetraram a espessa camada de couro, lã e pele das roupas do comandante. Seu grito inaudível e lamentoso não passou de um simples abrir de boca. Seu sangue jorrou pelo chão e se solidificou. Do que aquele lugar era feito? Caiu no chão e sua pele tocou a superfície. Sentiu-a queimar. Queimou como se colocasse seu rosto contra o fogo. Sentiu seu corpo endurecer, o seu sangue congelara. Entendeu, afinal, de que material aquele lugar era feito. Era gelo. Viu seus homens serem derrotados e caírem. Escutou o estardalhar das espadas cessar. Fechou seus olhos e com um último suspiro sentiu que sua missão estava concluída. Uma menina, a centenas de quilômetros dali, acordou assustada e ofegante. Seu corpo estava frio e dolorido. Caso encontrem algum erro gramatical ou semelhantes, por favor, me avisem. Críticas e sugestões são muito, muito, mas muito bem-vindas. Aprecio de coração, afinal, é uma das primeiras vezes que eu escrevo algo do tipo. A H I S T Ó R I A C O N T I N U A 4 5 3 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Ginko 1,403 Share Posted December 17, 2020 Em 12/12/2020 em 20:46, Finnur disse: a expeça camada de couro Esse foi o único erro que achei. Nunca fui muito chegado na lingua portuguesa. Na minha cabeça, se eu consigo interpretar o que a pessoa quis dizer ou disse de fato, então não preciso me preocupar com erros, mas nesse caso, o certo seria usar o substantivo ESPESSURA (no caso, ESPESSA), pra encaixar com o conceito que você deu às roupas dos guerreiros: vestes de lã e couro que limitavam um pouco os movimentos, mas mantinham o calor corporal naquele ambiente frio e hostil. Enfim, gostei do prólogo, deu pra entender algumas coisas, como por exemplo: delírios do rei? Não. O fato é que todas as expedições que ele executou em busca desse tal segredo, em teoria, deram certo. Os expedidores(?) descobriram o segredo que o rei queria, mas não voltaram vivos por causa das criaturas. Isso explica, talvez, o mal cheiro na caverna (C.S.I ZAYKO!!). Ja escrevi algumas historias aqui no fórum, tanto pra sugestões quanto pra entretenimento, e posso dizer que você mandou muito bem com o prólogo. Continua que tá bem encaminhado. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Finnur 1,366 Author Share Posted December 19, 2020 Em 17/12/2020 em 00:28, Ginko disse: Esse foi o único erro que achei. Nunca fui muito chegado na lingua portuguesa. Na minha cabeça, se eu consigo interpretar o que a pessoa quis dizer ou disse de fato, então não preciso me preocupar com erros, mas nesse caso, o certo seria usar o substantivo ESPESSURA (no caso, ESPESSA), pra encaixar com o conceito que você deu às roupas dos guerreiros: vestes de lã e couro que limitavam um pouco os movimentos, mas mantinham o calor corporal naquele ambiente frio e hostil. Enfim, gostei do prólogo, deu pra entender algumas coisas, como por exemplo: delírios do rei? Não. O fato é que todas as expedições que ele executou em busca desse tal segredo, em teoria, deram certo. Os expedidores(?) descobriram o segredo que o rei queria, mas não voltaram vivos por causa das criaturas. Isso explica, talvez, o mal cheiro na caverna (C.S.I ZAYKO!!). Ja escrevi algumas historias aqui no fórum, tanto pra sugestões quanto pra entretenimento, e posso dizer que você mandou muito bem com o prólogo. Continua que tá bem encaminhado. Muuuito obrigado, nem me atentei quanto a palavra. Eles eram experientes em patrulha, então sabiam como se portar, onde encontrar abrigo e todas essas coisas. Porém, essa expedição foi diferente de qualquer outra porque o lugar onde estavam nunca foi visitado antes, além da aura ruim e má intuição - aspecto mais psicológico, estarem dizendo que aquilo não estava certo. O que é aquilo? Só depois para saber. O único que sabia do segredo, era o comandante, e a resposta para esse segredo se dá pela volta ou não deles de volta ao rei. Acho que essas pontas ficarem meio soltas ou vagas, de qualquer jeito está a explicação. hahaha Muito obrigado pelo report/feedback. O próximo capítulo (1), já tá sendo escrito. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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